ARGENTINA
A Copa do Mundo e suas histórias, o que o primeiro dia dos confrontos de oitavas de final nos reservou. Simplesmente, os dois melhores jogadores do mundo sucumbiram.
Ainda creio que Lionel tem condições de disputar mais um mundial, mas as suas chances de conquistar o troféu que lhe falta estão sendo destruídas pouco a pouco.
Os pesadelos que o perseguem, a sombra de um “Deus” Hermano, Don Diego Armando Maradona, vices campeonatos, companheiros que não estão à sua altura, e sua própria insegurança, prejudicam seu sonho, que está mais para uma “obrigação”, a qual se conquistada, será de extremo alívio, proporcionando prepotência em dose homeopática, podendo, finalmente, calar os críticos e mostrar a todos, seu apogeu. Mas isso não acontecerá esse ano.
A Argentina que, exceto uma medalha de ouro olímpica, não ganha nada expressivo desde o milênio passado, buscava novamente o mundial, em 2018.
Na estreia, um empate melancólico diante da Islândia, mostrando a incapacidade de armação de jogadas e finalizações, evidenciadas pela trágica cobrança de pênalti de Messi, defendida por Halldórsson.
Seguido pela constrangedora derrota para a Croácia, com direito a assistência de Caballero, para o primeiro gol, a habilidade de um croata baixinho, dizimando os gigantes, porém fracos, zagueiros Hermanos e, para concluir o vexame, sendo envolvidos por um ataque fatal, que exibiu a fragilidade e falta de agilidade de atletas, como Mascherano.
Derrota, cuja escancarou o ambiente conturbado, resultando em especulações de que os atletas escalaram a equipe, para o derradeiro confronto contra a Nigéria, ou seja, um técnico fantoche, que só estava lá para preencher espaço.
Chegara o dia, jogadores unidos, Maradona alegrando o público, e com poucos minutos de jogo, o gênio, mostrou porque foi eleito cinco vezes para a bola de ouro, domínio de videogame e chute com a perna ruim para abrir o placar. Tranquilidade para o resto da partida? O volante referência de raça da seleção, não queria uma noite fácil, e tratou de, logo no início da segunda etapa, fazer um pênalti, deixando o jogo em igualdade. Desse momento em diante, a cada segundo que passava, a angústia se agravava, até que aos 41 minutos, Marcos Rojo, tirou qualquer tristeza da garganta do torcedor, ecoando um emocionante grito de gol, que trouxe a esperança de volta para os alvicelestes.
As oitavas eram o próximo passo, porém a segunda colocação em seu grupo, fez essa caminhada ser em uma estrada estreita e esburacada. Uma espetacular geração francesa pela frente, dispondo de um jogador mais extraordinário que o outro.
O jovem, de apenas 19 anos, Mbappé, exprimiu sua velocidade num contra-ataque, sendo apenas parado dentro da área, resultando no pênalti e na abertura do placar pelos europeus. Apesar de um conjunto fraco, os argentinos possuem peças chave, como Dí Maria, que empatou o jogo com um chute indefensável, no ângulo. Foram capazes de virar o jogo, mas não contavam com uma rápida reação, a parir do lateral Pavard, que esgotou suas habilidades, para empatar novamente, com outro golaço. O que aconteceu depois, fica na conta de Kylian, que liquidou a Argentina, num dos jogos mais legais da Copa.
Após a desclassificação, Javier Mascherano, anunciou sua aposentadoria da seleção, e esperando que Messi não tome a mesma atitude. “Hora de dizer adeus”. Tendo dedicado 15 anos, de sua raça, ele entende que ninguém deve se arrepender e, crê, que todos deram o seu máximo.
