ESPANHA
Dois dias após o término da fase de grupos, o grupo B era extinto, com seu último suspiro, tapado pelos donos da casa.
A Espanha chegou à Rússia, para retirar a imagem do vexame de quatro anos antes, onde foi eliminada na primeira fase, e conseguiu, porém, tropeçou no passo seguinte.
Havia uma grande esperança em relação à seleção, jogaram muito bem durante a campanha das eliminatórias e num amistoso, contra a Argentina, precedendo o mundial, aplicaram sonoros 6 a 1, com direito a hat-trick de Isco.
Contudo, surgiram problemas, um dia antes da Copa, Julen Lopetegui, até aquele momento treinador da La Roja, foi anunciado como futuro técnico do Real Madrid, causando intrigas e polêmicas nos torcedores, jogadores e confederação, resultando na demissão do mesmo, e a passagem de bastão para Fernando Hierro, ex-zagueiro da seleção.
Com o ambiente um pouco conturbado, em sua estreia, empataram por 3 a 3, num jogo eletrizante, diante de Portugal. Ambos buscaram a todo custo a vitória, mas Nacho, Diego Costa, duas vezes, e Cristiano Ronaldo, três vezes, deixaram o placar justo, com gosto de derrota para os espanhóis, que venciam até os 42 minutos do segundo tempo, quando CR7, cobrou uma belíssima falta, sem chances para a barreira e De Gea.
Precisando vencer o segundo jogo, encontraram extrema dificuldade para ultrapassar o bloqueio iraniano, até que, seu centroavante, brasileiro, naturalizado espanhol, contou com a sorte e, numa bola rebatida em sua perna, deu números finais ao duelo, 1 a 0, e classificação bem encaminhada.
Enquanto Portugal empatou com o Irã, eles também empataram diante do Marrocos, em 2 a 2, num jogo com diversas chances, para os dois lados, e com gol de letra de Aspas, aos 47 do segundo tempo, confirmado pelo VAR, resultando na primeira posição do grupo e confronto contra os anfitriões, nas oitavas.
Os russos vieram claramente com intenção de se defender, e conseguiram, apesar de, aos 10 minutos da primeira etapa, com a ajuda de Sergio Ramos, Ignashevich, marcar contra o próprio patrimônio, abrindo o placar. Mas a Espanha, não esperava uma reação, a qual aconteceu a partir de um pênalti marcado, após Piqué bloquear a bola com o braço, empatando assim, o jogo para o restante da partida. Sem objetividade e verticalidade, mesmo com a maioria avassaladora de posse de bola, os espanhóis não conseguiram nada, levando a partida para a prorrogação e consequentemente às penalidades, onde o herói da noite foi o goleiro russo, Akinfeev, e os vilões vermelhos, Koke e Iago Aspas.
A Fúria, que estava mais serena, se despediu da competição com um bom time, jogadores de qualidade, mas com muita coisa a se pensar.
