ISLÂNDIA
Obrigado Vikings, pelo carisma e empolgação, que vocês nos proporcionaram nesses últimos anos!
Um país de submundo, em relação ao futebol, com aproximadamente 334 mil habitantes, começou uma revolução no esporte a partir da tecnologia. Começaram ali, a construir alguns campos de treinamento, em galpões com a temperatura controlada, para que os atletas pudessem desempenhar suas habilidades. Hoje, já existem treze dessas unidades, sendo sete, com as medidas oficias da FIFA. Entidade, a qual no começo dos anos 2000, investiu e injetou 2 milhões de euros nos projetos para o esporte islandês.
A evolução foi tamanha, que após uma década, a seleção conseguiu uma atuação surpreendente na Eurocopa 2016, onde ao longo da competição, empatou com a futura campeã, Portugal, e eliminou a Inglaterra, nas oitavas, chegando as quartas de finais. Não foram capazes de passar pela França, porém orgulharam cada cidadão de sua pequena ilha, e ficaram marcados pela sua comemoração característica, o “hu” dos Vikings, acompanhado de aplausos gradativos.
Um adendo a essa campanha, nas eliminatórias em 2015, eles ajudaram a deixar, a poderosa Holanda, de fora da competição.

Comandados pelo craque e camisa 10, Gilfy Sigurdsson, jogador do Everton, da Inglaterra, os "Strákarnir okkar" (Nossos Garotos), como são conhecidos, no ano seguinte, garantiram a inédita vaga para uma Copa do Mundo.
Seleção, que curiosamente, dispõe de jogadores que exercem outras profissões, como o goleiro Halldorsson, que já foi cineasta e hoje tem a profissão como hobby, Saeversson, que trabalha numa fábrica de sal, durante a pausa do inverno no campeonato local e, além de seu treinador, Hallgrimsson, que como primeira profissão, é dentista.
A Islândia estreou em Copas do Mundo, diante da temida Argentina, de Lionel Messi, e após um excelente jogo, conquistaram um empate muito digno, de 1 a 1, tendo seu primeiro gol em mundiais, marcado pelo atacante Finnbogason, e tinham chances de classificação inédita, logo em sua primeira participação. Entretanto, não contavam com uma atuação ruim, diante da Nigéria no segundo jogo, e consequentemente saíram derrotados. Chegaram ao último jogo da fase, ainda com chances, tendo que ganhar da Croácia e torcendo por uma vitória da Argentina, pela mínima diferença de gols. De um lado, os Hermanos, emocionantemente, fizeram seu trabalho, mas mesmo lutando, os islandeses perderam por 2 a 1.
Eles voltam para casa, se não com o dever cumprido, com a satisfação de feitura de um bom trabalho e com projeção de ascensão.
